Transição energética, descarbonização e eletrificação são termos muito em alta para se referir ao futuro da nossa sociedade e do mundo como um todo. Eles permeiam todos os setores da economia atual, como o de transportes. Afinal, repensar a maneira como nossos veículos funcionam é mais um desafio que deve ser incorporado às pautas dos órgãos públicos e empresas privadas – e que está intimamente ligado à infraestrutura.
Aos poucos, os veículos elétricos vêm conquistando seu espaço dentro das indústrias automobilísticas e na vida dos brasileiros. Esta semana, a BYD – líder mundial em vendas de carros eletrificados – confirmou que o carro elétrico D1, criado para aplicativos de transporte, começará a circular pela 99 nas ruas de São Paulo, em fase de testes.
D1 EV: como é o carro elétrico da BYD
O BYD D1 EV foi feito sob medida para atender à demanda do mercado de transportes por aplicativo, assim como o segmento corporativo e de locadoras. O carro foi projetado em parceria com a DiDi Chuxing, maior empresa de mobilidade do mundo e proprietária da 99.
O BYD D1 é um carro versátil e com amplo espaço interno, principalmente na parte traseira. Outro diferencial do carro zero emissão de carbono são as portas traseiras automáticas e deslizantes, que facilitam e automatizam ainda mais a experiência do usuário de carros por aplicativo.
Aliança pela Mobilidade Sustentável
Mas por que o BYD D1 foi lançado? O veículo é uma das ações da Aliança pela Mobilidade Sustentável, uma iniciativa formada por diversas empresas aliadas: Ipiranga, Movida, Raízen, Tupinambá Energia, Unidas, Zletric e BYD.
O objetivo do grupo é impulsionar a infraestrutura para veículos sustentáveis no Brasil, e entre as suas metas está aumentar a participação de carros elétricos para 10% das vendas, criar 10 mil estações públicas de carregamento e ter, até 2030, 100% da frota do app 99 eletrificada.
Ao integrar a Aliança, a BYD traz para o Brasil toda a sua experiência com veículos elétricos, principalmente na cidade de Shenzhen, China, onde os carros eletrificados já correspondem a 14% de toda a frota em circulação – em 2021, a venda desse tipo de veículos na região representou cerca de 46% do total.
A infraestrutura do país está preparada para os veículos elétricos?
Para que os carros e demais veículos eletrificados sejam adotados pela população é preciso superar algumas barreiras. Em um período de alta na inflação e menor poder de compra do brasileiro, o preço é o primeiro obstáculo para a adesão em massa desses veículos – os carros elétricos mais baratos no país não saem por menos de R$ 100 mil.
A infraestrutura é outro fator que merece atenção crucial. Em todos os lugares há postos de gasolina, mas a falta das estações de recarga impede o avanço dessa tecnologia pelas ruas do Brasil. Até o momento, essas estações públicas se concentram em poucos pontos das grandes cidades, e os carregadores rápidos estão disponíveis apenas nas principais rodovias do país, como na Presidente Dutra e BR-277, no Paraná.
As montadoras já estão se movimentando para priorizar a produção e venda de carros elétricos – a Caoa Cherry, em seu novo posicionamento, anunciou que terá apenas veículos híbridos e elétricos em seu portfólio até 2023.
Ainda que em um movimento mais lento do que em países da Europa e Ásia, os veículos elétricos estão crescendo no Brasil, e o principal desafio do setor de infraestrutura é criar uma rede de abastecimento que contemple todas as esferas desse novo processo de eletrificação: residências, comércios e rodovias.
Os veículos elétricos são grandes aliados para o processo de transição energética no Brasil e no planeta. Mas para que sejam, de fato, uma realidade prática na vida dos brasileiros é preciso seguir criando iniciativas e leis de infraestrutura para que esse futuro chegue o quanto antes em nosso dia a dia.
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